quinta-feira, 28 de março de 2013

"Hoje estou melancólica e suspirosa Choveu muito A água invadiu este porão, e as lembranças boiam na enxurrada a caminho do rio... Deixo que naveguem, pois não as perderei... O rio é dentro de mim." (Adélia Prado)

segunda-feira, 25 de março de 2013

"Repetir, repetir,... até ficar diferente Repetir é o dom do estilo." (Manoel de Barros) "É preciso muito caos interior para parir uma estrela que dança."Nietzsche.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Sobre os microfascismos diários e sobre um corpo que não aguenta tantas contradições: MUITA GENTE NÃO ME REPRESENTA! Quem dera fosse só o Feliciano o problema dos Direitos Humanos hoje. Fazer parte das lutas pelos DH é quando a gente encarna isso todo dia passando pela rua, vivendo a vida, pelo simples fato de que liberdade é uma palavra que se basta e a gente não devia ter que lutar pra que ela se tornasse uma realidade. Estou farta de tantos interesses privados, de egos maiores que o infinito e de gente hipócrita e dissimulada. Eu digo basta aos fascismos cotidianos, velados e responsáveis por mais tantas violações!! Digo basta aos fascismos que estão dentro da militância pela garantia dos DH! Ainda bem que as microrrevoluções, as indignações sobre o mundo em que vivemos e sobre os discursos vazios ainda estão pululando mesmo diante de tanta vontade de que as brechas se extingam. Sou ingênua e anarquista se assim forem chamados os que apostam numa outra ética, numa outra política, numa vida com V maiúsculo. E isso pra mim não é crítica, é elogio. (Alessandra Lacaz)

sexta-feira, 8 de março de 2013

mais um pouco de Marla

“Não nasci para ser adequada, coerente, adorável. Nasci para ser gente. Para sentir de verdade. Tenho vocação para transparências e não preciso ser interessante o tempo todo. Por isso, não espere que eu supere as suas expectativas: às vezes, nem eu supero as minhas.” Quanto tempo foi gasto procurando coisas e pessoas que preenchessem minhas lacunas quando eu apenas precisava do vazio: de estar comigo na feiúra e na beleza que carrego. Entre pernas, passos e tropeços a gente vai deixando algumas coisas pelo caminho e encontrando outras. O que não pode é se subtrair. O processo tem que ser de acréscimo, sempre. Nada é tão definitivo assim e a gente nunca É, a gente ESTÁ (...) Sempre digo que quem se aprofunda nas coisas, quem mergulha, sabe exatamente o gosto que tem o alimento cru porque não se contenta com o que está pronto, posto sobre a mesa. (...) A gente cai, levanta, chora, celebra. A gente vive. A gente se conhece através das reações dos outros a nós mesmos. A gente se trabalha ou estagna, regride ou evolui. A escolha é sempre nossa. Tal como as consequências. (...) Que o medo não tenha tanto poder sobre nós... E que não fiquemos condicionados por experiências anteriores - há sempre uma oportunidade de surpresa, mas teremos que estar abertos a isso. Nada é tão definitivo. Mas o que faz a dor? A dor quando bem vivida, percebida, acolhida, não passa de uma forte emoção. Nem toda dor é causada por alguém: dor de amor é a mais vulgar (no sentido de ser a mais comum), dor existencial é uma transcendência. Não evito minhas dores, vou até o cerne dos sentimentos, vejo-a tão vital quanto a alegria. Pois se, através deste processo também me vem a necessidade de autoinvestigação e reformulação interna, por mais desnorteada que eu me veja enquanto inserida no emocional da situação, é esse desconforto que me indica o degrau acima, me tira da zona de conforto, me instiga a buscar uma nova direção. A dor bem aproveitada não deve ser temida, deve ser usada como ferramenta para o autoconhecimento, extirpação do mal resolvido, para o crescimento. Eu não temo a dor, nem emoção alguma, se assim fosse, até a alegria me incomodaria. O que não permito é que ela me leve ao estado da prostração, da autopiedade ou de algo que não aceite regeneração. Dor transmuta-se. E o Tempo dono de todas as coisas, ensina quão provisório é o pranto e a gargalhada. Por isso não recuso nada. Que venha o que vier, como vier. Eu suporto qualquer circunstância que me lapide, que me desassossegue para que eu valorize os momentos de paz do meu coração. Vida é totalidade. Inclui tudo. Vida é vontade de Mundo. Dor faz parte da vida e, por mais preciosa que seja, não permito que ela seja a parte mais importante. Marla de Queiroz
”Os maiores homens do mundo morreram desconhecidos… Centenas desses heróis desconhecidos viveram em todos os países, trabalhando em silêncio. Em silêncio viveram e em silêncio morreram… Os homens mais elevados não procuram construir um nome, nem buscam fama por seu conhecimento. Deixam suas idéias para o mundo; não reclamam nada para si próprios e não estabelecem escolas nem sistemas em seus nomes…” Swami Vivekananda Extraído do prefácio de “Pesadelo Refrigerado”, Henry Miller.