domingo, 16 de agosto de 2009

Me identifiquei com alguns trechos do livro "diário do grande sertão" de Bruna Lombardi. Abaixo segue alguns:

"Crio uma realidade que quanto mais próxima, mais íntima do sonho, melhor.
O tempo tem se encarregado de completar algumas marcas que me faz viver com maior intensidade. Meu rosto vai revelar a mulher que venho sendo, que fui e que sou. O tempo vai tornar claro que meu lado esquerdo é sonhador e que o direito tem a manha da vida."

"A gente percebe que está mudando mas deixa uma parte das coisas como eram, um comodismo, uma raiz. Feito uma gaveta que a gente arrumasse, deixasse aparentemente de outro jeito, mas no fundo continuasse com as mesmas coisas. Resta a pergunta: Quero ainda essas coisas? Ou sou escravas delas pq eram minha, pq um dia eu as quis, pq esperam que eu as tenha? É difícil uma ruptura, uma segunda parte, uma gaveta esvaziada."

"Me reservo o direito de ser contraditória e sei que isso me enriquece. Anoto no meu caderno: o conflito é o interessante, o dramático. Quem quer ouvir uma história sem conflito? E no entanto, na história da nossa vida, estamos sempre tentando anular o conflito."

"Cada indivíduo tem a qualidade de ser único, original e especial na forma de ver as coisas. Tolstói dizia que se vc descrever o mundo exatamente como é já estará mentindo. (...) A gente busca verdade absoluta, quando a verdade é absolutamente relativa. As coisas são sempre vistas através de conceitos, mitos, escalas de valores. (...) Será que minha emoção, que minha percepção é real? Vejo as coisas como elas são e realmente elas são como eu as vejo? Não sei. (...) A simples idéia de sentir me basta. (...) Só sinto que nada é mais belo que o desconhecido. A busca do desconhecido move toda criação. O desconhecido, esse irresistível."

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