sábado, 31 de julho de 2010

"Sonhe com o que você quiser. Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida
e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades
para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E
esperança suficiente para fazê-la feliz."

Clarice Lispector
"Esse é o absurdo segredo da escuta:
É preciso não escutar o que se diz para se
poder ouvir o que ficou não-dito..."

Rubem Alves
"Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho..."

Gonzaguinha

quinta-feira, 29 de julho de 2010

´As pessoas mais felizes não
têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das
oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para
aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam
e tentam sempre.´

Lispector
antes eu tinha a solidão da liberdade,
hoje posso dizer q me permiti ser 'prisioneira'
e não é que tenho gostado disso?!
(quem diria... rs)
abri mão das possibilidades de outros,
para ter apenas um do meu lado.
e cá entre nós, tem valido a pena!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

de volta...

O problema de Três Rios é que apesar de ser uma cidade bastante agradável e tranquila, não há 1/10 das opções de lazer do Rio e a mentalidade provinciana é algo que incomoda bastante. Não curto muito sair por aqui, mas infelizmente estou de volta ao meu lugar de origem. Já que sem verba é impossível viver no Rio, voltei por estar formada e papai não querer mais bancar, dizendo que é um incentivo a eu começar a trabalhar. (Como se fosse fácil se inserir no mercado de trabalho, principalmente na área que eu quero, que foge totalmente a lógica capitalista, e não dá dinheiro pois os lucros não são financeiros.) Quanto lutos tenho que elaborar com esse meu êxodo da cidade dita maravilhosa, que pelo menos pra mim essa qualidade da cidade foi incorporada com toda força e intensidade. Portanto, imagine o quanto tem sido difícil deixar de morar no Rio. Sou uma pessoa bem diferente hoje, felizmente tive a oportunidade de ampliar meus conhecimentos e crescer em todas as direções. Sinto-me preocupada em me paralizar e não estranhar mais as atitudes naturalizadas da cidade provinciana impestiada de pensamentos de ideais da pequena família burguesa e pela lógica do consumo. Tenho medo, e tenho dito.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

(...) Me dissolvo no coletivo, perco minha imagem.(...) Perplexa, sinto a multidão
nos metrôs, na cadência dos passos somados, no cruzamento de corpos que quase se
tocam, mas que se afastam, cada um tomando o rumo secreto de sua existência
privada.(...) Minha boca tem gosto de terra.(...) Saio para a vida, redescobrindo os sons
com uma agudeza impressionante. A vida estava se abrindo como afirmação de vida, mas
de vida como morte. Vazio total. (...) Encostada num tronco curvo de árvore, eu me sinto
como se fosse o próprio tronco. Passando a mão em volta de uma estátua, viro a prega de
seu manto.(...)Sinto um calor que vem de dentro do corpo como se tivesse engolido um
tijolo quente. Sinto-me grávida.(...) Perco o sentido do tempo e percebo a Terra, que
continua no mesmo processo, se fazendo e desfazendo continuamente.(...) Estou invadida
pelo inconsciente. Engatinhando, desço o morro, pego na água, na areia, na terra e
aspiro o ar. (...) É como se engolisse a paisagem . É algo sensacional. (...) Eu era a
paisagem, o continente, o mundo.
(Lygia Clark)

terça-feira, 20 de julho de 2010

quero dar sentido a algo que está sem direção.
A pele é permeável e impermeável. Ela é superficial e
profunda. (...) É regeneradora (...). É elástica mas um pedaço de pele retirado do
conjunto se retrai consideravelmente. Ela atrai investimentos libidinais tanto
narcísicos como sexuais. É o lugar do bem-estar e também da sedução. Ela nos
fornece a mesma quantidade de dor e de prazer. Ela transmite ao cérebro as
informações provenientes do mundo exterior, inclusive mensagens “impalpáveis”
(...) A pele é sólida e frágil. Está a serviço do cérebro mas ela se regenera enquanto
que as células nervosas não o podem fazer. (...) Ela traduz por sua finura, sua
vulnerabilidade, nosso desamparo originário, maior que o de todas as outras
espécies e, ao mesmo tempo, nossa flexibilidade adaptativa e evolutiva. (...) Tem,
em todas estas dimensões que acabo de revisar de forma incompleta, um papel de
intermediária, de entremeio, de transicionalidade. (ANZIEU, D. 1989, pp. 19 a 20)

Sexo é como um bom jantar.

"A graça não está apenas na sobremesa.
A entrada, a bebida, o prato principal e o clima são mais importantes que a sobremesa. Ela finaliza com chave de ouro um bom jantar, mas sem ela não se pode dizer que você comeu mal."

e faz sentido, não faz?
quando nasce um bebê, nasce ao mesmo tempo uma mãe.

saudades da minha pfilha pirinéia.

tão parecida comigo, abre mão de tudo pela sua liberdade.
"Sou vento: dissolvendo-me tão suavemente por dentro, por
fora, por entre, por todas as brechas, me consistindo, insistindo na
doçura-limite da terra. Terra. Enterro meus dedos em seu ventre, me
entranhando. Aterro. Aterrizo em mim. Pouso e mergulho. O verde
cheiro soterra minhas narinas, me esverdejando enquanto vou
devolvendo ao ar a mistura do verde com as entranhas vermelhas do
centro. O vento acaricia a face, fazendo cócegas por entre os
espaços, os vácuos de mim, me dando contornos. A folha-secacortante
recorta um pedaço do dorso, talhando um ser que segue e
desliza e adentra as folhagens, o barro, as flores secas e vai para o
ar, bailar com os átomos, driblar moléculas, saltitar partículas, tocar
a plenitude e ser cortada por uma rajada de vento, levando um sopro.
E o corpo-de-menima-mulher-estátua-sereia, sua pele branca e
brilhante convidando a dançar. Persigo sua silhueta que sempre me
escapa, sigo um fio deixado por seu rastro. Busco brechas em sua
espessa pele para um encaixe. Nos enlaçamos e soltamos. Um
contato que desliza, quase toca e se esvai para buscar outro
percurso. E a menina-mulher-estatua-sereia me deixa traçados
luminosos que traduzo em movimentos: cato os traços, traço um
risco, sopro uma névoa lançada ao vento. Deslizo, deslizamos, lisas,
leves, solúveis. Dançamos: suavesnuvenssoltasnoar..."

Ruth Ribeiro

sexta-feira, 16 de julho de 2010

"O amor bateu na porta
eu de dentro respondi
minha casa é aberta
pode entrar, estou aqui (...)

O amor bateu de novo, eu de novo respondi
entra que a casa é sua
eu só quero é ser feliz"

Milton Nascimento/ Fernando Brant
"Mesmo com o nada feito,
com a sala escura
Com um nó no peito,
com a cara dura
Não tem mais jeito,
a gente não tem cura
Mesmo com o todavia,
com todo dia,
com todo ia,
todo não ia.
A gente vai levando,
a gente vai levando,
a gente vai levando
A gente vai levando essa guia."

terça-feira, 6 de julho de 2010

tem sido mais ou menos por aí... infelizmente.

$
Engano.
acontece.
não acontece?
acontece.
não acontece?