terça-feira, 9 de agosto de 2016

O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: "Se eu fosse você". A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção. (Rubem Alves) Farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo, por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz… Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega de amor. (Clarice Lispector)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Eu tinha uma "desconfiança" de que homens que não sabem finalizar com ponto final e de forma digna seus relacionamentos, ou mantém com a ex uma relação de discórdia, um dia fariam isso comigo também. Mesmo só um lance, uma ficante, uma paixonite. Digno é olhar nos olhos e conversar sobre o que não deu certo, o que não pôde ser e ficou apenas como semente que não germinou, uma intenção. Não alimentar expectativas. Ser claro. Eu tinha muitas dificuldades com términos. Sofria por antecipação. Eu tinha dificuldades em comprender como o amor virava desprezo, indiferença e desconsideração. Confesso que só essa nuvem de medo, fazia inclusive eu me boicotar. Hoje eu me sinto em paz e com orgulho de saber que se a relação acabar é possível que ela seja encaminhada para uma amizade sincera com dignidade. Sem jogos. Sem amaldiçoar. Sem eu me sentir enrolada, colocada "Em espera". Sem mentiras. Já não preciso matar a relação antes do fim com medo. Olhos nos olhos. (Olhos nos olhos quero ver o que você faz ao saber que te respeito demais, respeito a relação que tivemos. Sei o quanto foi importante para a minha evolução. Que atraí a relação coerente com o que eu estava ressonando no momento. Que fomos, a nossa maneira, canal para enxergarmos o amor que tínhamos por nós mesmos. Ou que não tínhamos ainda, por não nos acharmos merecedores de dar e receber amor. Olhos nos olhos quero te dizer que quero te ver bem demais!) (Paula Maia)

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Leve-se

https://www.youtube.com/watch?v=s5qGnQoiXn8#t=45

sexta-feira, 7 de março de 2014

solidão

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência! Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade! Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio! Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza! Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto e circunstância! Solidão é muito mais do que isto... SOLIDÃO é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma. Chico Buarque de Holanda (Poeta, compositor e cantor)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

- Em termos concretos - perguntei no fim - o que ela fazia? - Nada - respondeu ele, com certo desencantamento. - Sonhava. (García Márquez)

saudade desses espaços de criação sensível do coletivo.

http://vimeo.com/42277619

Parar

A gente se entope de informação, pela internet, redes sociais, pela televisão e até mesmo pelo rádio... Aí chega em casa e tem que fazer comida, lavar a louça, limpar a casa, botar roupa pra bater, estender roupa no varal, dobrar e guardar... como se não bastasse ainda tem trabalho pra dar conta e estudo pra caramba. No tempo de folga, a gente se entope de filmes na tv, barzinhos, cinema, teatro, família, dorme, sei lá... e aí eu me pergunto: quando foi que estivesse só comigo mesma? Semana passada, cheguei em ksa de viagem e dormi de tão cansada. Depois parei aqui na janela da sala, vieram reflexões e memória. Primeiro pensamento foi que eu vivo em um mundo de urgências e tecnologias que não me deixam parar, nem pra ficar no silêncio e nem mesmo para pensar. E quando eu paro posso ter ideias paranóides, como que algum vizinho esteja me filmando ou figiando. Depois olhei pro céu, vi ele azul e um pedaço de uma pedra q serve como heliporto atrás dos prédios, tbm vi um pedaço da favela e crianças subindo a rua com uniforme, presumo que voltando do colégio, comecei a pensar q a vida passa muito rápido e com urgência a gente vai crescendo e pensando bem mais de como sera nosso futuro do q o que tem acontecido conosco no presente. O presente como o próprio nome diz eh um presente e eu fiquei pensando que existe mt sentimento e acontecimento que o tempo (tão curto por ser tão ocupado) não tem dado conta, pq simplesmente a gnt não parar pra sentir. Às vezes eu sinto com os pés, em movimento... o pensamento invade o corpo. Parar para sentir aqui não é necessariamente parar, mas é estar atento as sensações e percepções sobre si mesmo, sobre a vida. Doce solidão e permissão que me faz pensar e sentir. Solidão desejante. "Servi-se da solidão como um meio de multiplicar-se numa linha de fuga criadora" como diria Godard. E dessa vez sem falta de ar, sem angustia... Ter em mim o que eu quero pra mim. Liberdade de poder ser quem eu sou. O que mais quero sentir? O que mais quero pra mim? Chega, só quero sentir q estou viva. E assim me sinto agora, sem televisao ligada, sem redes sociais, sem computador e isso me basta agora. Mas sinto que esse bem estar e amadurecimento vem com o tempo... logo o tempo que não me faz parar, que muitas vezes me impede de sentir. Sei lá viu... é difícil juntar animo para descer ao mundo.