segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Amparar o outro na queda...

...não para evitar que caia, nem para que finja que a queda não existe ou tente
anestesiar seus efeitos, mas sim para que possa entregar-se ao caos e dele extrair uma nova
existência. Amparar o outro na queda é confiar nessa potência, é desejar que ela se
manifeste. Essa confiança fortalece, no outro e em si mesmo, a coragem da entrega...

...Às vezes as pessoas vivem como vítimas porque acreditam ser possível evitar de cair; neste caso, quando caem, ou se paralisam de terror ou se destroem. É o modo dramático. Outras vezes, conseguem entregar-se à queda e problematizá-la, porque sabem que cair é inevitável e que de dentro da queda é possível reerguer-se transmutado, embora não haja qualquer garantia de que isso vá de fato acontecer.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Homem fiel... não tem preço!

Acordei com uma baita ressaca e do lado da cama tinha um copo d'água e duas aspirinas. Olhei em volta e vi minha roupa passada e pendurada.
O quarto estava em perfeita ordem. Havia um bilhete de minha mulher:
"Querido, deixei seu café pronto na cozinha. Fui ao supermercado.
Beijos".
Desci e encontrei uma mesa cheia, café esperando por mim.
Perguntei à minha filha:

- O que aconteceu ontem?
- Bem, pai, você chegou às 3 da madrugada, completamente bêbado, vomitou no tapete da sala, quebrou móveis, urinou na cristaleira antes de chegar no quarto.
- E por que está tudo arrumado, café preparado, roupa passada, aspirinas para a ressaca e um bilhete amoroso da sua mãe?
- Bem, é que mamãe o arrastou até a cama e, quando ela estava tirando a sua calça, você gritou: 'NÃO FAÇA ISSO MOÇA, EU SOU CASADO!'



•Ressaca: 70 reais.
Móveis destruídos: 1.200 reais.
•Café da manhã: 20 reais.
•Dizer a frase certa no momento certo: Não tem preço!