quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

esses últimos dias tem sido apenas dias.

Presenciei semana passada na Lapa uns dois jovens dando alimentos para os mendigos que ali estavam. Mexeu comigo, me afetou e me suscitou um desejo enorme de fazer algo em prol da comunidade, e não só ficar no academicismo da faculdade. Lembrei de quando eu participava de eventos da ação social da IMCTR, de como eu me inundava de um sentimento extremamento gostoso em ajudar o outro. E era recíproco, eles tbm se sentiam bem em serem ajudados. Então eu fiquei me perguntando, pq eu não faço parte de nenhum movimento social? O que eu faço no Conselho é pouco, é só meu trabalho. E pq não fazer mais? Estou com a pulga atrás da orelha, incomodada com meu deleixo, e até mesmo egoísmo. Agora estou dando conta de que só tenho pensado nos meus sonhos, nas minhas conquistas, e no meu prazer. Quero ajudar, mas como? Será que preciso procurar alguma ONG, igreja ou algo parecido? Por onde começar?

Um outro assunto que sinto necessidade de falar aqui, é como pedalar na praia tem me feito bem! Hoje por exemplo, fui até o leblon e na volta resolvi parar no arpoador, por conta da vista, ou melhor das visões que ali eu estava tendo (bianca me entende, pois ela estava no telefone comigo na hora!), logo depois começou a dar uns pinguinhos de chuva e prossegui para copa, e não deu vontade de parar, portanto fui até o leme. Outra parada para uma água de coco, no leme mesmo, enquanto eu via a rapaziada jogando bola. Por fim, cheguei em casa! São esses movimentos simples que trazem alegria a minha vida e que me faz sentir bem com o outro. Saí distribuindo sorrisos, não por ser uma retardada ou "maluca", como muitos diriam, mas por me sentir bem e querer afetar o outro com esse meu bem-estar.

Outro hábito que tem me feito muito feliz, é o controle que estou conseguindo ter em relação a minha alimentação. Huuummm, acabei de comer pão integral, pastinha de soja e suco de beterraba com cenoura e laranja. Mais cedo comi uva e uma nozes (dizem q faz bem), e no almoço só saladinha com arroz integral, não deu vontade de comer massas e frituras, não mesmo. Minha nutricionista vai ficar orgulhosa, e eu já sinto a diferença no meu corpo! Que bom!

E pra completar, ontem num panorama tão diferente do dia de hoje: fui para niterói, supervisão, monografia, bandejão, conselho no largo, desci pra uff de novo, encontrei as meninas (que felicidade, é mt bom!), perdi a van, peguei as barcas (infestada de tricolores), e a partir daí começou a minha perseguição! vou explicar: depois de tanta euforia com as meninas, e com uma saudade danada da minha república, de morar em niterói, de ficar na cantareira ou até mesmo no dce, de viver rodeada de amigos... nas barcas, veio aquele silêncio, deparei com a solidão. Mas ao mesmo tempo, me sentia bem pq via os tricolores entusiasmados, ou melhor, esperançosos para o jogo de logo! Pronto, cismei com um deles. Ele estava de camisa do fluzão e um gorrinho, sentado a minha frente. Dei uma de psicopata e fui seguindo assim que saimos das barcas pelas ruas do centro do rio, nem sabia para onde ele estava indo, mas eu ia atrás, parávamos lado a lado no sinal, nos olhamos, depois ele prosseguia e eu ia atrás, sinal de novo (um olha pro outro mais uma vez), ele continua e eu resolvo descer no metrô do largo da carioca. Quando vou comprar passagem, lá estava ele na fila, bem na minha frente (o safado tinha descido pela rio branco). Constatei que a solidão realmente leva a loucura! Pensei em perguntá-lo se não podia acompanhá-lo ao jogo, depois pensei que era melhor não, não o conhecia, não sabia de nada da vida dele, e tbm nem era garantia que eu conseguiria comprar ingresso. Enfim, nos afastamos, tomamos caminhos opostos, um para a zona sul e outro para zona norte. Novamente me senti só.

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