quinta-feira, 2 de julho de 2009

"Ô marinheiro, marinheiro
Marinheiro só
Quem te ensinou a nadar?
Ou foi o tombo do navio
Ou foi o balanço do mar"

ô café da manhã bãão!

andar de bicicleta, sentar perto da baía, deitar na canga, ler um artigo, levantar, almoçar no bandejão, voltar, ir a informática no quinto andar, estudar na biblioteca, sair de chapéu, me roubarem o chapéu, ficar descabelada, olhar para a selva de pedra do outro lado da poça, ver subindo aviões, escutar um barulhão, em direção a saída da baía um grande navio, um barquinho bem pequeno próximo de mim, uma plataforma bem no meio, ouvir o canto dos passarinhos, ser incomodada pelas formigas, chegar a canga pra trás fugindo do sol que esquenta demais a minha perna, respirar um ar que não é tão puro, mas me sentir bem por poder respirar, sentir tristeza, sentir alegria, sentir prazer, dor e agonia. Conversar com a solidão, cantar músicas da década de 80, lembrar do cheiro da chuva na terra, da casa da vovó glória e todos os primos brincando de pique-esconde e do nosso esconderijo na caixa d'agua, sentir saudades do tizé, lembrar dos simulados do santo, da galera brincando na keké, dos recreios do colégio, dos trabalhos sociais dominicais, dos namoros infantis, dos ciúmes bestas, da felicidade q eu nem percebia q existia em mim.

uma nostalgia do caraleo... vai entender... ontem me deu um aperto no coração, uma saudade danada do passado e já sinto uma saudade precoce do presente, da juventude.

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